quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

As Maiores Obras de Engenharia Civil no Brasil
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Galeria da barragem de Itaipu
Brasil encontra-se neste momento na maior fase de crescimento econômico e humano da sua história. O mais importante motor desse desenvolvimento é a indústria da construção. Grandes obras de Engenharia Civil estão planeadas para os próximos anos no Brasil, algumas das quais de grande dimensão e complexidade.
Ao longo de uma série de artigos iremos apresentar algumas das mais importantes obras de engenharia civil que se vão realizar no Brasil. No entanto é também importante conhecer as realizações passadas da engenharia civil brasileira, conhecida em todo mundo pela sua proficiência técnica e capacidade de optimização e por ter sido responsável por algumas das mais importantes obras de Engenharia Civil da América do Sul. Apresentam-se a seguir três exemplos da excelência técnica da engenharia civil no Brasil.
A Maior Barragem do Brasil – Complexo Hidroeléctrico de Itaipu
O Complexo Hidroeléctrico de Itaipu está localizado no Rio Paraná. A sua construção foi resultado de uma parceria entre o Brasil e o Paraguai e continua a ser uma das maiores barragens do mundo. Tem uma potência geradora de cerca de 14 mil MW, 20 unidades de geração de energia eléctrica e fornece uma parte muito significativa da energia eléctrica consumida em ambos os países. A sua construção implicou o uso de 13 milhões de m3 de betão e a intervenção de cerca de 40 mil operários.
Albufeira Itaipu
Barragem de Itaipu
Descarregadores Itaipu
Grupos Barragem Itaipu
Ligação às turbinas da barragem de Itaipu
O Edifício Mais Alto do Brasil – Mirante do Vale
O edifício mais alto do Brasil continua a ser o Mirante do Vale. Este arranha-céus foi construído em São Paulo durante a década de sessenta e tem uma altura de cerca de 170 metros. Localizado no Vale do Anhangabaú, demorou 6 anos a ser construído, sendo uma obra absolutamente inovadora na época. Possui algumas características bastante peculiares para um edifício desta altura, nomeadamente o facto de a sua estrutura ser constituída quase inteiramente por betão armado ao invés da crescente tendência do uso combinado aço e betão, em estrutura mista.
Condomínio Mirante do Vale
Edifício Mirante do Vale
Vista aérea do edifício Mirante do Vale
A Maior Ponte do Brasil – Ponte Rio-Niterói
Localizada na baía Guanabara, no estado do Rio de Janeiro a ponte Rio-Niterói liga a cidade do Rio de Janeiro e Niterói. É uma das maiores pontes rodoviárias do mundo medindo cerca de 13 km, dos quais quase 9 km sobre água. A sua construção ficou concluída em 1974, sendo estruturalmente constituída por betão armado pré-esforçado.
Ponte de betão de Niteroi
Ponte sobre o rio Niteroi
Reparação da ponte sobre o rio Niteroi
Ponte Niteroi no Rio de Janeiro

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Tecnologia usada nos prédios resistentes a terremotos
Unknown18:16 0 comentários


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Em meio à destruição causada pelo terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa leste do Japão prédios continuam em pé apesar do forte tremor.  O que explica isso são as altas tecnologias de engenharia civil desenvolvidas há anos pelos japoneses para minimizar os prejuízos e mortes causados pelos desastres naturais. “Eles concebem o prédio como um elemento dinâmico, já que ele estará sempre sujeito a movimentos em qualquer direção”, explicou André Dantas, engenheiro civil especialista em logística de desastres e professor associado da Universidade de Canterbury (Nova Zelândia).
Os estudos sobre construções resistentes a terremotos começaram fora do Japão na década de 70. Dois pesquisadores, Robert Park e Thomas Paulay, iniciaram estudos na Nova Zelândia sobre como desenvolver elementos de construção, como o pilar e a laje, mais resistentes aos abalos sísmicos. Depois do terremoto de Kobe, em 1995, que matou cerca de 6,5 mil pessoas, os japoneses passaram a investir mais em novas tecnologias na construção civil. “Os japoneses levaram  técnicas já desenvolvidas a um nível assustador”, diz Dantas.
Ao construir um novo prédio, a preocupação começa na fundação, parte do edifício que fica em contato com o solo. Os prédios ganham alicerces com suspensão para absorver o impacto gerado pelo terremoto. Nos prédios como os do governo japonês, são instalados amortecedores eletrônicos, que podem ser controlados à distância. Em prédios mais simples são usados amortecedores de molas que funcionam de um jeito parecido à suspensão de veículos. Os engenheiros também colocam um material especial para amortecer as junções entre as colunas, a laje e as estruturas de aço que compõe cada andar. “Esse material ajuda a dissipar a energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, assim o prédio não esmaga os andares intermediários”, explica Dantas. Todos os andares possuem, além de paredes de concreto, uma estrutura de aço interna, que ajuda a suportar o peso do prédio.
Uma das partes mais importantes dos prédios com tecnologias mais modernas contra terremotos é o sistema de contrapeso inercial: instalada na parte mais alta, uma bola pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações do solo atenua o movimento e permite que o prédio se mantenha 40% mais estável durante um terremoto.
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Uma bola pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações do solo atenua o movimento e permite que o prédio se mantenha 40% mais estável durante um terremoto
Os vidros das janelas, uma das partes mais sensíveis da construção, são envolvidos por borracha, para que não fiquem em contato direto com a esquadria de aço. Com isso, enquanto o prédio sacode, o vidro também se movimenta, porém de maneira controlada.
Este conjunto de tecnologias permite que os prédios mais modernos do mundo passem por terremotos sem comprometer a estrutura física da construção. Contudo, como cada prédio pode ser construído para suportar uma intensidade máxima de terremoto, alguns edifícios podem desabar após enfrentar uma série de abalos sísmicos em um curto espaço de tempo. “Uma estrutura já debilitada por um tremor inicial está suscetível a danos maiores”, diz Dantas.
Os engenheiros de países localizados em regiões com alta movimentação de placas tectônicas tentam preparar os prédios para suportar terremotos de diversas intensidades. Novos estudos mostram que em breve empresas poderão ajustar os sistemas de contenção das construções pelo computador no momento em que o terremoto começar. “Todas essas tecnologias serão controladas em conjunto a partir de informações de sensores”, diz Dantas.
Ao instalar sensores em todos os elementos que compõe uma edificação, um engenheiro receberá informações em tempo real sobre o início, intensidade e variações do terremoto. Depois de analisar as melhores técnicas, ele acionará via internet os dispositivos que controlam cada estrutura flexível do prédio. Será possível, por exemplo, aumentar a velocidade do pêndulo para compensar movimentos bruscos causados pelo terremoto.
Entre as universidades que conduzem estudos científicos sobre o assunto estão a Universidade de Nagoya (Japão) e a Universidade de Washington (EUA). Os sistemas, contudo, ainda não estão prontos para instalação em prédios.
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